Conduzindo sua própria vida

Experiência de Imersão Cultural em Niterói para expatriados americanos e indianos da empresa Capgemini. 

Conduzindo sua própria vida no Brasil.

Ir ao museu é uma experiência interessante, mas ter que alugar um carro em um país estrangeiro e dirigir em um trânsito caótico, entendendo os sinais de trânsito em outra linguagem pode ser um desfio extremamente libertador. Mas fomos além! O desafio proposto para os nossos alunos foi ainda maior. Afinal, o objetivo era dar a eles ainda mais autonomia, tirá-los da zona de conforto e possibilitar a adaptação no país o mais rápido possível. A vida não para enquanto ainda se está em processo de adaptação ao ambiente ao seu redor.

O museu escolhido foi o MAC em Niterói, uma cidade que fica cerca de 30 min do Rio de Janeiro de carro, e os alunos tinham que chegar lá completamente sem GPS.

Quando avisei isso pra eles foi possível ver a cara de espanto e preocupação de todos e a primeira resposta foi:  Você está louca?!? Nós estamos dirigindo!!!!  Eu respondi.  Pois é.  Agora vocês vão precisar confiar no português que aprenderam até agora. Eu confio em vocês! E assim seguimos.

O desafio: Ir à uma cidade desconhecida sendo guiado apenas pelo idioma que estão aprendendo.

Os alunos dirigiram até Niterói somente pedindo informações em português. No inicio eles tiveram medo, ao fim, além de chegar em paz em Niterói, eles descobriram como os brasileiros são pacientes e atenciosos para dar informações quando em alguns momentos, eles estavam completamente perdidos.

É impressionante como dirigir e poder pedir informações permite  uma imensa autonomia.

A primeira parada: MAC – O museu inteiro é sensacional. Por dentro, por fora, em cima e em baixo.

Paramos o carro na praia de Boa Viagem e caminhamos até o museu. A vista é linda. Eu sei que muitos cariocas e niteroienses não gostam de ouvir isso. Mas preciso dizer que a vista mais linda da cidade do Rio é sem dúvida a que podemos ver de Niterói, e os alunos concordam. Eles tiraram fotos os tempo inteiro. Tomamos café no restaurante embaixo do museu e eles tiveram a oportunidade, mais uma vez, de treinar o português.

Por dentro, o museu é bem pequeno, mas todo o conceito é lindo. É possível admirar a paisagem da baía e da cidade do Rio de Janeiro enquanto interagimos com obras de arte que podem ser tocadas, sentidas, lidas e admiradas.

Próxima parada… Seguindo sugestão de locais.

No museu pedimos para locais sugestões de lugares para visitar e acabamos escolhendo as praias oceânicas. Estamos no outono, os dias são lindos, mas as praias nesta época são só para admirar. O passeio abriu o apetite e em seguida fomos almoçar em um restaurante brasileiro com vista para o mar chamado Chalé Canoa. Os alunos estavam curiosos em descobrir o que significava o nome daqueles pratos. Resisti ao responder à eles, afinal eu adoro falar sobre a cultura brasileira. Os alunos costumam se sentir muito confortáveis com os professores, o que é ótimo é claro, pois essa confiança auxilia no processo de aprendizagem. Por outro lado, o aluno passa a ter a percepção que somente o professor tem habilidade para o entende-lo. Então eu SEMPRE estimulo os meus alunos a se comunicarem com outros brasileiros. Normalmente é desconfortável no início, pois muitos não entendem em um primeiro momento. Mas ultrapassada a barreira, os alunos não só têm a informação que necessitam, como também se sentem muito mais confiantes e abertos para continuar a falar com locais criando novas relações e desenvolvendo o idioma por eles próprios.

Eles tiveram uma aula dada pelos garçons sobre o que era acarajé, feijoada, bobó de camarão, guarnição, picanha, azeite de dendê, entre muitas outras coisas. Até eu aprendi! Não sei se os alunos entenderam todas as coisas, mas entenderam o principal: como o brasileiro é aberto e que eles podem e devem se comunicar.

Foi possível ver no olhar dos garçons o quanto eles estavam felizes por compartilhar o que sabiam com pessoas de outras culturas e se sentir valorizados.

Experiências como essa transformam todos os envolvidos. Os alunos, os professores e as pessoas que fazem parte dessa experiência de alguma forma.

Nós, do Fala Brasil, somos extremamente gratos por ter a oportunidade de viver experiências como essas e de nos expressar de forma criativa criando novas possibilidades!

 

Conheça um pouco mais sobre o nosso aluno Joy que participou dessa experiência conosco no Brasil. Ele escreveu uma história linda descrevendo os primeiros dias no Brasil, como o Fala Brasil contribuiu para o processo dele de adaptação até o momento em que ele constituiu uma família. Clique aqui e conheça um pouco sobre Joy