Os segredos do acarajé
Após experiência prática Greg se sentiu inspirado e decidiu compartilhar o que aprendeu. Ficamos todos curiosos para experimentar essa iguaria e com água da boca.
Por Greg Grassi
Durante a segunda semana de Janeiro de 2019 na escola Fala Brasil, o aluno Greg Grassi foi com Luciana Nogueira, a professora de Português dele, provar acarajé, uma delícia baiana numa barraquinha baiana em Botafogo. Greg entregou este relatório sobre sua experiência:
Luciana já sabia que eu amo comer e que sou muito curioso para saber mais da culinária brasileira. Por isso, ela pensava que uma aula prática sobre a comida baiana seria uma boa ideia e eu concordei com ela. Com certeza não é difícil me convencer a experimentar um novo prato! Luciana e eu nos encontramos num café em Botafogo (perto do metrô) e falamos sobre a história do acarajé antes de prová-lo. Falamos com Anna, a proprietária baiana da barraquinha, e aprendemos outros fatos sobre o prato. Foi óbvio que Anna é uma cozinheira apaixonada e sua barraquinha estava muito organizada e limpa. Com certeza, ela quer que os clientes dela saiam satisfeitos e eu vou voltar em breve. Como resultado das conversas com Luciana e Anna, aprendi o seguinte:
Origens
O acarajé é uma delícia baiana com uma história muito interessante. O acarajé tem origem religiosa e representa um dos pratos afro-brasileira mais conhecidos. Hoje em dia, o prato, parecido ao falafel árabe, é considerado parte da culinária baiana. Na Bahia, o acarajé ainda é uma oferenda para os Orixás, as figuras religiosas do Candomblé, apesar de que existe uma versão popular também. Por causa das suas raízes religiosas, a receita do acarajé é sagrada e quase nunca muda.
Preparação
O Acarajé é feito com feijão-fradinho é deve ser frito em azeite de dendê, um óleo forte e saboroso. Normalmente, a receita popular tem muito tempero de pimenta ardida. É lógico que o acarajé é muito apimentado, porque o nome do prato significa “comer bola de fogo”. Hoje em dia, o acarajé é servido cortado no meio e recheado com molho de pimenta, camarão refogado, vatapá (uma pasta com leite de coco, camarão, pão, azeite, amendoim moído e azeite de dendê) e caruru (outra pasta com quiabo moída). Além disso, quando o prato mudou de África ao Brasil, tradicionalmente só as mulheres vendiam acarajé.